Como ser um professor perfeito? Fácil! Faça o que quiser! Talvez essa frase tenha soado um pouco libertária demais, no entanto, ela faz mais sentido do que se pensa, embora haja controvérsias.
Se eu perguntasse a você: Professor, se você tivesse total liberdade na sua escola, o que você faria? Aposto que seriam possíveis respostas: Conversaria mais com meus alunos. Sorriria e riria mais durante as aulas. Debateria temas além da matéria. Faria projetos incríveis. Realizaria atividades fora da escola.
É claro que, talvez, essa seja a realidade para alguns, porém deve ser uma minoria, visto que ouvimos tanto no ambiente escolar: Se eu pudesse... Diante disso, gosto de me questionar: por que, muitas vezes, não conseguimos ser plenos em nossa profissão? Ou mais: é possível sermos mais felizes realizando o que desejamos para além da dicotomia professor-aluno? Existem limitações em nossa docência? De onde elas vêm? Quem sabe, ela se origina de nós mesmos, quando nos sentimos desmotivados ou com coragem insuficiente para sairmos de nossa zona de conforto. Por outro lado, há os fatores externos – os quais considero mais fortes e recorrentes – que nos bloqueiam para sair do lugar de onde queremos. Muitas vezes, são as críticas que nos paralisam, outra vezes, de modo mais insensível, os próprios colegas de trabalho ou sua direção que não te apoiam.
Que professor não deseja, pelo menos em algum momento, usar mais tecnologia em suas aulas, abrir debates com temas polêmicos ou contemporâneos, ter mais liberdade e autonomia? Isso seria tão mais legal e produtivo em nosso cotidiano... O problema é que a personalidade e a individualidade de um professor, frequentemente, não são respeitadas ou muito menos aceitas no ambiente escolar. Ser professor é ser si mesmo, é poder fazer escolhas. Ser um “professor perfeito” é justamente você conseguir alcançar resultados em sua atuação de acordo com sua própria metodologia. É não ter sua criatividade privada, é conduzir seus alunos a experiências incríveis, transformadoras e inesquecíveis. Ser um professor perfeito é ser você mesmo!
(Eu sou a Nárllen Advíncula, mestre em Letras e dessas professoras que acreditam no sorriso e na amizade como uma forma muito legal e efetiva para ensinar.)